terça-feira, 13 de dezembro de 2011

The love that always hurts


            James era um aluno normal, todos os dias era iguais para ele. Dias ensolarados, chuvosos. Ele não sabia o que era amar até estar no colégio com seus amigos e ver uma garota passar, ele era tímido, sempre perguntava para seus amigos o nome dela, quando descobriu, o nome dela era Mary.
            Em uma festa de um dos amigos da escola acabou a vendo lá. Seus amigos tinham armado tudo para os dois se conhecerem, sabia que ele a amava desde a primeira vez que viu, ele sem coragem foi encorajado pelo amigo e foi até ela conversar. Os dois se conheceram melhor, começaram a namorar, terminaram o colegial namorando ainda, começaram a fazer faculdade, terminaram ainda juntos. Depois disso se casaram, tiveram uma longa vida juntos.
            James e Mary tiveram filhos, envelheceram, ficaram bem velhos e era o casal mais feliz que todos conheciam. Certa época Mary ficou doente, foi internada as pressas no hospital. James estava ali com ela todo o tempo, a doença só se agravava mais a todo segundo. No fim, a doença matou Mary. James caiu numa grande depressão, era um abismo sem fundo e nem luz para ele, era o fim dele também.

           
            Por mais lindo que o amor seja, por mais correspondido que seja, em algum momento ou no fim ele machucara. 

domingo, 11 de dezembro de 2011

Lost in coma


            A chuva pode continua caindo sem parar, mais frio do que já está no corpo é impossível ficar, meu sangue está gelado, as batidas do coração são mínimas, meu corpo treme, não de frio, mas sim dá dor na alma de um desalmado. É difícil saber onde está seu corpo quando sua alma esta navegando por todo o universo perdido, não é nada fácil você sentir as dores carnais, as dores mentais acabando com cada pingo de sanidade que existe em você, as dores espirituais penetrando sua mente, perfurando cada centímetro de sua mente, uma dor suprema, agonia. O corpo sedado pelos fortes remédios anestésicos, deixando seu corpo imóvel, seus olhos estão fechados, mas ali está passando todo o teatro de sua vida, cada cena sendo reproduzida, você ali olhando aquilo sem acreditar. As feridas não cicatrizam, o sangue não para de escorrer, as memórias sendo apagadas uma a uma, todos aqueles momentos bons e ruins não vão existir em breve, tudo logo será uma folha branca.
            Eles ali ao lado do corpo chorando, lembrando de todos os momentos. Nunca, mas nunca lhe deram valor, somente ali eles perceberam quem ele era, seu ponto de paz. Logo não restarão lembranças de ninguém e nada, tudo que vai sobrar é um corpo cheio de cicatrizes. A vida podia passar diante dos olhos dele de novo e de novo, mas sempre iria aceitar ela do jeito que foi e não iria querer mudar nada, nunca. Uma vida jogada fora ou talvez uma vida muito bem aproveitada, não se existe resposta, mas com certeza foi uma vida sofrida, cheia de batalhas constantes. Ele foi bom, carinhoso até mesmo com quem o desprezou, até seus últimos momentos de sanidade, então surgiu o seu lado negro, o seu monstro interior, ele se tornou um demônio, sem sentimentos, apenas risos sádicos ele sabia, o que era mal lhe era ótimo, o que era cruel com as pessoas lhe era perfeito, a bondade foi esquecida, foi apagada daquela mente brilhante. Aquilo foi o seu fim, ele estava ciente que sua vida a todo momento estava por um fio, sua alma era forte, mas era toda fragmentada pelo sofrimento e o ódio que nasceu do amor.
            Ele sempre foi o garoto que sua fé movia montanhas, que salvava vidas, ele regenerava os corações partidos das pessoas, mas era incapaz de regenerar o próprio, não existia ninguém que fosse capaz de regenerar seu coração, sua alma estava muito pior que o coração. Ele via a agonia de todos, escutava os gritos de dor de todos, mas ninguém ouvia seus gritos, muito menos sabia de sua agonia, ele sofria apenas em silencio. Seu fim, um coma profundo, coma.