domingo, 8 de maio de 2011

When I go to the beyond


            Eu agora no frio da madrugada penso e repenso, quando eu partir, o que as pessoas vão dizer, quem ira chorar por mim, o que vão lembrar de mim, quais momentos vão querer lembrar, quem vai lembrar o que sobre mim, isso tudo.
            Para mim a morte é uma coisa simplesmente fascinante e mágica que nada sabemos, mas não se pode escapar dela, não se muda linhas do destino, não pode escapar, pode correr, mas em determinado momento ela vêm ao seu encontro. Quando a morte vier me buscar, não fugirei, irei para muito e muito longe com ela, até o limite do universo, onde o nada e o tudo se unem formando um somente, onde o nada é tudo e tudo é nada, onde o que é lógico ou obvio não existe, onde o tempo não existe.
            Talvez a duvida de se que eu fiz tudo certo me venha nos últimos segundos de vida, mas acho que não terei duvida, porque vivi a vida do meu jeito e não do jeito de ninguém, vivi de uma maneira da qual ninguém viveu, porque fui eu mesmo, não usei mascaras. Se algum dia sorri é porque estava feliz, se algum dia chorei é porque me feriram sentimentalmente seriamente, se algum dia fui louco é porque quis ser louco, se fiz algo de estranho para você é que para mim era interessante, legal ou até normal para mim, para mim o que eu gosto é normal, mas se algum dia eu magoei alguém era porque alguém me magoou, se algum dia fiquei sem sentimentos é porque alguém fez eles desaparecerem, mas não irei morrer com arrependimento, porque fiz tudo como queria. Apenas quero uma coisa, lembre dos bons momentos que vivemos, lembre de todas as vezes que fiz você rir, das vezes que conversávamos, dos nossos pensamentos, apenas lembre dos bons momentos, mas acima de tudo, não chore por mim, nunca chore por mim, porque o que teve que acontecer, aconteceu e o que não teve que acontecer, não aconteceu, apenas façam isso. 


Dedicado para:  Kauana Corrêa    <3 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sunlight in the cold afternoon

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            Estou encostado na parede de forma decadente, um cigarro entre meus dedos e os pensamentos viajando dentro de minha mente, me relembrando do passado e de todos os momentos que estive ao seu lado, o que seu sorriso me proporcionava, era uma sensação incrível e indescritível, foi com você que vivi meus melhores momentos, queria ter ao menos conquistado seu coração, a fumaça foge pelo meu nariz e indo e se juntando com a brisa, colaborando com a poluição. A cada batida meu coração fica mais poluído e envenenado, com o veneno correndo pelas minhas veias, o veneno do amor, mesmo com todos os acontecimentos o sorriso em minha face não morre, mesmo assim tentando continuar feliz.
             A brisa fria do inverno, o vento mais frio bate direto em mim, perdendo o sorriso a cada tragada de fumaça, machucando mais e mais meu pulmão, os sentimentos indo embora junto as lagrimas que escorrem de meu rosto e congelando as lagrimas, congelando os sentimentos, vivendo sem razão e sem emoção, apenas vivendo por viver, vivendo sem metas, estando apenas morto mas ainda sim vivo, morto em alma e vivo em corpo.
            Agora vem a brisa do outono e me derrubando semelhantemente a uma folha, caindo e caindo até colidir com o chão, provocando sérias lesões, a dor ficando insuportável, a morfina sentimental não impede a dor sentimental mais, não mais, ela parou de fazer efeito, agora é eu sozinho, semi morto e com minhas dores, mas meus olhos estão se fechando e o escuro está vindo, não estou vendo a luz no fim do corredor, não, a luz não existe, não... Agora tudo é tão simples, eu estou caído no chão imóvel enquanto o sangue escorre pelos meus lábios, as gotas do liquido vermelho pingando no chão dando uma nova tonalidade ao chão branco e o cigarro se apagando entre meus dedos, me tornando uma alma livre, me tornando mais um corpo sem vida no mundo.