quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sunlight in the cold afternoon

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            Estou encostado na parede de forma decadente, um cigarro entre meus dedos e os pensamentos viajando dentro de minha mente, me relembrando do passado e de todos os momentos que estive ao seu lado, o que seu sorriso me proporcionava, era uma sensação incrível e indescritível, foi com você que vivi meus melhores momentos, queria ter ao menos conquistado seu coração, a fumaça foge pelo meu nariz e indo e se juntando com a brisa, colaborando com a poluição. A cada batida meu coração fica mais poluído e envenenado, com o veneno correndo pelas minhas veias, o veneno do amor, mesmo com todos os acontecimentos o sorriso em minha face não morre, mesmo assim tentando continuar feliz.
             A brisa fria do inverno, o vento mais frio bate direto em mim, perdendo o sorriso a cada tragada de fumaça, machucando mais e mais meu pulmão, os sentimentos indo embora junto as lagrimas que escorrem de meu rosto e congelando as lagrimas, congelando os sentimentos, vivendo sem razão e sem emoção, apenas vivendo por viver, vivendo sem metas, estando apenas morto mas ainda sim vivo, morto em alma e vivo em corpo.
            Agora vem a brisa do outono e me derrubando semelhantemente a uma folha, caindo e caindo até colidir com o chão, provocando sérias lesões, a dor ficando insuportável, a morfina sentimental não impede a dor sentimental mais, não mais, ela parou de fazer efeito, agora é eu sozinho, semi morto e com minhas dores, mas meus olhos estão se fechando e o escuro está vindo, não estou vendo a luz no fim do corredor, não, a luz não existe, não... Agora tudo é tão simples, eu estou caído no chão imóvel enquanto o sangue escorre pelos meus lábios, as gotas do liquido vermelho pingando no chão dando uma nova tonalidade ao chão branco e o cigarro se apagando entre meus dedos, me tornando uma alma livre, me tornando mais um corpo sem vida no mundo.

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