terça-feira, 10 de abril de 2012

Illusions and confusions


Há dias que me sinto frio, como um vazio dentro de mim, um vazio na minha alma. Todos os dias encaro uma imensa batalha sem mim de sentimentos e pensamentos dentro da minha mente, mas parece tudo sem sentido e vai me matando aos poucos. Uma coisa que vem de um sopro qualquer em meus ouvidos, um vazio sem explicação.
É como uma explosão de todo o vazio que esta preso em mim, esse vazio que agoniza criando feridas invisíveis, feridas incuráveis. Uma tortura da alma a cada segundo, a alma destruída, morta tentando continuar o caminho, transformando me em um morto vivo. Perco a noção de tudo que passa lá fora, anos e mais anos se passaram e eu continuo nesse estado.
Destruindo todas as fronteiras da minha consciência eu caminho, não sei  por quanto tempo estou caminhando nem ao menos para onde estou indo, e assim eu continuo andando vendo todas aquelas almas cegas tentando me prender, eu não me conheço mais, como uma força que vem de um subsolo desconhecido eu caio.
Caído ao chão, não posso mais sentir dor, é tanta dor que as dores antigas anestesiam as novas dores. Minhas lágrimas não existem mais, estou seco por dentro. Tenho que rastejar, esse não é o fim, mas tenho que tentar, mas tentar o que? Não sei o meu destino, estou preso aqui no presente, está tudo tão confuso, estou tão insano. A minha mente me confunde, não sei o que mais é realidade, essa dor existe? Estou vivo mesmo? O que me garante que não morri e estou no inferno, isto está tão diferente da verdadeira realidade, parece uma realidade paralela, um outro mundo, minhas memórias estão desaparecendo, o que é isto tudo.
Porque de modo natural essas vozes me dizendo algo que não entendo, eu não me entendo, os meus passos não são mais o que eu esperava um dia, minhas conclusões estão sendo quebradas aos poucos e tudo aquilo que eu acreditava está sendo evaporado por algo muito grande que eu não entendo muito bem. Essas coisas horríveis que passam como um clarão em meu olhar estão me incomodando  de modo que desgasta os meus punhos, os mesmos que eu construí todos aqueles portões de um lugar inatingível por mortais.
Estou tão fraco, tão frágil, estar tão vazio me deixa tão destrutível, coisas insignificantes me abalam. Meus pés tremem diante do nada, essa luz do nada ofusca meus fracos olhos, uma luz infinita, parece o fim do túnel, mas é apenas o começo, uma luz levando para o fim onde é o começo também. Tudo ali tem um sentido duplo, não podemos entender nada agora, mas depois de tudo iremos talvez compreender, parece tão complexo, é inevitável não estar aqui. Mas sou o único que está aqui desta maneira, tão fraco e destruído, com a alma fragmentada, cada pedaço da minha alma é igual a um grão de areia, foi isso que minha alma se tornou.
Agora com minha fraca visão posso ver que estou na beira do abismo, esse abismo que não parece ter fim, inicio, ou tanto faz. Vejo cálices de sangue serem derramados pela minha  derrota e gargalhadas sem fim. Posso ver o quanto fui forte e ao mesmo tempo fraco, ouço o grito da minha alma cansada de baixo de mantos sujos com o vomito de coisas que eu nem sei o que são. Pode  parecer louco mas eu ainda sinto um pingo de vida em mim, aquele que estou prestes a perder diante de um passo para esse abismo.Isso tudo pode ser uma ilusão, nem ao menos sei se existo ou se tudo isso é real, mas um passo à frente pode acabar com tudo, este é o fim meus amigos, o fim.


Por: @NiceBoys_@hey_doddy  

quinta-feira, 1 de março de 2012

Small atomic bomb


            É difícil me explicar, é tão difícil me definir, eu posso sentir o ódio excitar as minhas veias, cada batida do coração mais uma um pouco de sangue e ódio fluindo através do meu corpo, me deixando vivo. A cada tragada de fumaça me sinto mais envenenado pelo ódio, é um veneno tão doce que me causa prazer. Eu apenas quero ferir as pessoas para elas sentirem a dor que senti no passado. O veneno aos olhos dos leigos é maldito e agonizante, mas é um suicídio lento e pouco doloroso, embora muito prazeroso, é apenas questão de tempo para uma morte fácil e indolor. Embora eu seja apenas um perdedor, eu não estou chorando por aí, apenas estou guardando ele, deixando ele pulsar dentro de mim, estou apenas o repreendendo até o momento que precisar usar ele, como um pequena bomba atômica.
            Sou apenas um homem insano no limite da vida, não sei mais nada sobre mim, posso ser um lixo, mas sou o lixo que vai destruir muitas vidas. Perdido, é isso que estou, eu não consigo achar meu caminho para casa, é só isso. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

The love that always hurts


            James era um aluno normal, todos os dias era iguais para ele. Dias ensolarados, chuvosos. Ele não sabia o que era amar até estar no colégio com seus amigos e ver uma garota passar, ele era tímido, sempre perguntava para seus amigos o nome dela, quando descobriu, o nome dela era Mary.
            Em uma festa de um dos amigos da escola acabou a vendo lá. Seus amigos tinham armado tudo para os dois se conhecerem, sabia que ele a amava desde a primeira vez que viu, ele sem coragem foi encorajado pelo amigo e foi até ela conversar. Os dois se conheceram melhor, começaram a namorar, terminaram o colegial namorando ainda, começaram a fazer faculdade, terminaram ainda juntos. Depois disso se casaram, tiveram uma longa vida juntos.
            James e Mary tiveram filhos, envelheceram, ficaram bem velhos e era o casal mais feliz que todos conheciam. Certa época Mary ficou doente, foi internada as pressas no hospital. James estava ali com ela todo o tempo, a doença só se agravava mais a todo segundo. No fim, a doença matou Mary. James caiu numa grande depressão, era um abismo sem fundo e nem luz para ele, era o fim dele também.

           
            Por mais lindo que o amor seja, por mais correspondido que seja, em algum momento ou no fim ele machucara. 

domingo, 11 de dezembro de 2011

Lost in coma


            A chuva pode continua caindo sem parar, mais frio do que já está no corpo é impossível ficar, meu sangue está gelado, as batidas do coração são mínimas, meu corpo treme, não de frio, mas sim dá dor na alma de um desalmado. É difícil saber onde está seu corpo quando sua alma esta navegando por todo o universo perdido, não é nada fácil você sentir as dores carnais, as dores mentais acabando com cada pingo de sanidade que existe em você, as dores espirituais penetrando sua mente, perfurando cada centímetro de sua mente, uma dor suprema, agonia. O corpo sedado pelos fortes remédios anestésicos, deixando seu corpo imóvel, seus olhos estão fechados, mas ali está passando todo o teatro de sua vida, cada cena sendo reproduzida, você ali olhando aquilo sem acreditar. As feridas não cicatrizam, o sangue não para de escorrer, as memórias sendo apagadas uma a uma, todos aqueles momentos bons e ruins não vão existir em breve, tudo logo será uma folha branca.
            Eles ali ao lado do corpo chorando, lembrando de todos os momentos. Nunca, mas nunca lhe deram valor, somente ali eles perceberam quem ele era, seu ponto de paz. Logo não restarão lembranças de ninguém e nada, tudo que vai sobrar é um corpo cheio de cicatrizes. A vida podia passar diante dos olhos dele de novo e de novo, mas sempre iria aceitar ela do jeito que foi e não iria querer mudar nada, nunca. Uma vida jogada fora ou talvez uma vida muito bem aproveitada, não se existe resposta, mas com certeza foi uma vida sofrida, cheia de batalhas constantes. Ele foi bom, carinhoso até mesmo com quem o desprezou, até seus últimos momentos de sanidade, então surgiu o seu lado negro, o seu monstro interior, ele se tornou um demônio, sem sentimentos, apenas risos sádicos ele sabia, o que era mal lhe era ótimo, o que era cruel com as pessoas lhe era perfeito, a bondade foi esquecida, foi apagada daquela mente brilhante. Aquilo foi o seu fim, ele estava ciente que sua vida a todo momento estava por um fio, sua alma era forte, mas era toda fragmentada pelo sofrimento e o ódio que nasceu do amor.
            Ele sempre foi o garoto que sua fé movia montanhas, que salvava vidas, ele regenerava os corações partidos das pessoas, mas era incapaz de regenerar o próprio, não existia ninguém que fosse capaz de regenerar seu coração, sua alma estava muito pior que o coração. Ele via a agonia de todos, escutava os gritos de dor de todos, mas ninguém ouvia seus gritos, muito menos sabia de sua agonia, ele sofria apenas em silencio. Seu fim, um coma profundo, coma. 

domingo, 13 de novembro de 2011

Alive at the end


            E os alarmes estão soando, as bombas estão caindo, o chão todo está tremendo, prédios estão caindo aos pedaços, às pessoas sendo consumidas pelas explosões. Bombas caindo do céu, bombas no chão, bombas na água, em todos os lugares este caos, explosões nos banheiros, as casas, os prédios, tudo, tudo sendo explodidos.
            É um cenário apocalíptico, o homem sozinho se destrói, o homem é o próprio inimigo. No começo de tudo isso as crianças pensavam que as bombas que vinham dos céus eram anjos descendo, infelizmente estavam erradas, era apena uma das armas mais mortais que já foi vista. Após tudo, as ruas estavam banhadas de sangue, corpos jogados por todos os lados, em outros lugares corpos empilhados, corpos queimando, corpos boiando, corpos boiando, corpos apodrecendo. Pessoas matavam outras por tão pouco, algumas morriam por um copo d’água, outras por um cigarro, outras por serem fracos e não de adaptarem ao novo mundo, o começo do fim do velho mundo.
            Agora somente podemos esperar, olhar os clarões de raios, trovões e relâmpagos iluminarem os céus, enquanto ainda ouvimos os barulhos das explosões. Parece que vai demorar, sim vai demorar a acabar, é apenas o começo.
            Podemos gritar ninguém vai nos ouvir, este é o fim, as conexões com o paraíso não existem mais, parece que se esqueceram-se de nós. Ainda vamos ver muito sangue, vamos chorar muito, ninguém vai secar nossas lagrimas angustiantes. É uma tarefa árdua continuar, impossível aos olhos de muitos, não importa, vamos continuar.
            Talvez ganhemos essa batalha, talvez iremos perder, mas o talvez ganhemos nunca vai acontecer se lutar, se somente deixar eles ganhar nunca teremos a vitória, é incerta a vitória. Não perderemos ser ao menos lutar, sim, não vamos perder sem lutar.

Let me die


            Estou sentindo que minha vida está indo embora, precocemente. A cada segundo estamos caindo aos pedaços, o corpo começa a se tornar mais frágil e vulnerável. O câncer se alastrando por todo o rosto do corpo frágil, sabendo que breve é a minha morte. Sou tudo aquilo que um deus rejeitou, sou tudo aquilo que não é bem visto por o deus que talvez exista. Cigarros, whiskey, nicotina, álcool, pedaços de carne, câncer e ossos, isso é tudo que me restou. Apenas mais algum tempo de vida, sou apenas mais indo para o outro lado, quem vai notar minha ausência?
            O amor, um deus, isso não está mais em minha mente, apenas estão meus demônios me torturando lentamente. Podia ser tudo ilusão de minha mente, doença, demônios, amores, deuses, mas tudo é aparentemente real, tão real quanto a minha existência, mas será que estou vivo ainda? Isso é tão paranormal, as coisas estão caindo, eu estou caindo, caindo para o inferno. A minha doença é que amei demais, me apeguei de mais a todos, me tornei um fraco, em outras ocasiões fui além do que devia, mas eram apenas símbolos mágicos, um feitiço e pronto, estava tudo do jeito que desejava, era apenas o nosso ocultismo, era apenas uma coisa inocente para mim. E os demônios surgiram, me tornei um demônio, não do inferno, mas demônio da minha mente. Eu só estive perdido no caminho, era você que devia estar ali para me guiar, mas você não estava, você mudaria os acontecimentos se estivesse ali, suas escolhas me tornaram o monstro, o vilão que me tornei na história. Era apenas o meu poder, era apenas meu ocultismo, mas era o caminho errado. Você devia estar ali, você era a minha salvação, você era a luz que restava em mim. Isto se tornou doentio, me tornou sombrio, imperceptível a luz, sou apenas os olhos, apenas é o fim.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Burning in the nightmare

Já é tarde, tarde da noite. Está tudo tão escuro em meu quarto, nenhum raio de luz ali e nem aqui.
    Acordo assustado, sentindo meus cabelos úmidos de suor. Era frio, mas os pesadelos me esquentavam, os pesadelos me acordavam. Sentia não estar sozinho naquele vasto quarto e escuro, era como se algo se movesse na escuridão ali, eu podia sentir, me sentia queimando na madrugada. Desesperado, sentia a agonia, a vontade de gritar era enorme, mas era como se não tivesse forças para gritar, não conseguia me mover, estava difícil de respirar. O ar parecia pesado, caia como pedras em meu pulmão.
    Estava queimando na madrugada, o silencio da madrugada era mais aterrorizante, é algo tão sobrenatural isso. O medo está aqui, já não tenho coragem de tentar nada.
    Uma forte luz irradia no quarto, tudo fica escuro, logo meus olhos se abrem. A luz inundava o quarto, era o Sol, aquilo foi apenas um sonho. Ou não.

domingo, 9 de outubro de 2011

The little whore




            Prazer, durante está noite meu nome será Johnny, na noite passada foi Jimmy, semana passada foi Carl. Sou apenas um garoto de programa, um puto, um vadio. Meu corpo é apenas um objeto de prazer para minhas clientes saborearem, eu não choro, não mais, brinquedos não choram, não tem emoções. Ligue para mim garota, moça, senhorita, senhora, vossa majestade, é um ótimo “serviço” por um pequeno preço.
            Alcoólico, fumante, ocultista, alquimista, pervertido, adolescente e nada mais você precisa saber, na verdade nem isso devia saber isso não faz parte de meu currículo, apenas exibi um pedaço do meu eu verdadeiro para saberem. Ligue-me, saberá meu currículo, o que faço o que deixo de fazer, como faço.
            Senhora, se seu marido é apenas um inútil que não lhe satisfaz, eu estou aqui, quando precisar, você sabe como me encontrar, é tão fácil. Sim, logo eu estou ai.
            Agora elas me perguntam o que me fez ser tão bom no que faço com elas, a única resposta que me passava na mente por todo esse tempo, era ódio. Elas continuam curiosas, é apenas questão de tempo para ela descobrirem a verdade oculta no meu passado. É tão simples contar logo, mas é o que deve ser feito.
            Ao meio da orgia só vejo elas me dando doses e mais doses de whisky, logo vou ficar embriagado e começa a fluir.
            “Há mais ou menos um ano atrás, eu era um típico garoto normal do colégio”, mas uma dose de whisky para dar coragem de terminar a história, “ então, em mim existia sonhos, todos podiam ver como eu era feliz. Mas eu amava uma garota e para ela eu o contrario do que sou pra vocês, para vocês sou útil, para ela, era apenas um inútil.”, dava mais uma longa tragada no cigarro, com os cabelos medianos caindo um pouco sobre seus olhos, mas uma dose do whisky, logo acabaria o vidro, “ então um dia ela por completo ela me destruiu, todos os dias eu ficava embriagado, todas as manhãs estava de ressaca na escola, saia da sala para fumar. Fugi de casa, agora, eis aqui eu, seu puto, seu vadio, o consolo de vocês todas as manhãs, tardes, noite e madrugadas”.
            O celular tocava, era apenas uma nova cliente, ela então marcava um horário com o garoto para o “serviço”, na hora marcada o garoto chegava no local, um apartamento, tocava a campainha, logo vinha uma garota familiar, era ela, ela que fez sua vida se tornar o inferno que é. Ele estava ali profissionalmente, logo percebia que ela não o reconhecia, estava mudado, mais adulto, usava cavanhaque, cabelos maiores do que antes, tatuagens pelo corpo,um cigarro já no dedo. O homem por quem ela tanto lutou não a satisfazia mais, então ela recrutava tal serviço do rapaz.
            A garota mais santa, mais perfeita que havia encontrado era outra coisa, conseguiu o que quis e não queria mais em questão de tempo. A cliente já tinha se tornado o melhor brinquedo do garoto, vivia atrás dele, pagando altos preços para ele estar ali.
            O garoto "arrecadou" muito dinheiro naquele ano com os “serviços particulares”, ainda adolescente, casava se com uma mulher alguns anos mais velha que ele, se mudava de seu país, indo viver de seus outros dons em outras partes do mundo. Esqueceu seu passado negro, ela foi apenas uma ilusão idiota. Agora, ela sofria e ele estava lá no seu paraíso pessoal. Para o resto da vida dele o nome dele era Anthony, renomado escritor por todo o mundo. Anthony, ex-prostituto, famoso escritor por todo o mundo.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

drunk boy


            Pés descalços no meio da madrugada, a chuva fria está caindo, o cigarro não mais ascende no meio desta pequena tempestade, a neblina está tão densa quanto o concreto. Estou embriagado, mas isto é apenas o começo da semana, depois de tudo que me andou acontecendo recentemente, eu mudei, não vejo mais as coisas certas e erradas, mas sim as que me agradam e as que não agradam se não me agradam eu apenas a destruo da maneira mais dolorosa, eu mesmo não me agrado.
            Meus pés me traem a cada passo, cada passo é um risco de morte, tudo está a girar. O caminho de volta é longo e estou sozinho nessa jornada, as bebidas etílicas começam a fazer mais efeito, tudo está ficando negro, a neblina deixa ainda mais tudo complicado.
            Talvez se eu gritar, alguém vai ouvir e vira me ajudar, não, ninguém vai ouvir, nem eu mesmo consigo ouvir minha voz, estou perdido, é o fim, meu caro amigo, esse é o fim.      
            Não existe ninguém na rua, estou andando há horas e mais horas e a noite não acaba, a chuva não para, o tempo é uma eternidade. Demorei muito para perceber, mas isto, isto é o abismo, é o inferno, eu estou morto. Foi você!
            O grito ecoou por tudo ali e vultos começaram a se mover, meus cabelos molhadas caiam sobre meu rosto, eu via minha pele com um outro tom de cor, era um vermelho forte, era o sangue se misturando com a água da chuva, meu corpo estava ensangüentado. Meu paladar sentia apenas aquele gosto doce de sangue, era tão confuso saber que você morreu e nem ao menos lembrar de sua morte.
            No fim, aquilo era o inferno, era só o começo de toda minha eternidade ali, na mais do que isso, era só a pequena eternidade no inferno. Meu corpo está ensangüentando porque minha alma sempre esteve daquele jeito. Não há demônio, que machuque me a mim mais, não a anjo que me cure mais, ali era um lugar longe da ampla e perfeita vista de Deus, ali o que acontecia não o pertencia. 

sábado, 3 de setembro de 2011

This was my life


             O meu caminho até agora, foi um caminho nada fácil, já travei batalhas duras, já estive na rua até o sol nascer, já me embriaguei a ponto de ver tudo girar e girar, já sofri de amor e também bebi por amor, por falta de amor me embriaguei em noites frias. Fui feliz, chorão, dramático e melancólico, às vezes depressivo e revoltado. Já fui um garoto exemplar, hoje não sou mais, já fui santo e hoje não sei mais o que sou, me perdi na rua da vida, sem rumo. Também já estive ótimo, já estive mal, já estive também doente.
            Já vivi apaixonado, vivi loucamente também, os dias se foram insanos e hoje são gelados e mórbidos, sem o animo e a chama do amor pra incendiar a minha vida, sem sentido e sem rumo, é apenas o pecado os meus dias. Já fui abusado e abusei também, já fui vitima das conseqüências, mas já estive do outro lado da história, fui o bom antes para depois ser o mal da história que é vida. Elas também já deixaram as marcas delas em mim, por todo o meu corpo, enquanto eu as marquei na mente, vão se lembrar de cada momento que estive com ela. Desculpe baby, mas agora estou assumindo o controle da minha mente novamente, agora que controla aqui sou eu mesmo, não, não vai mais me dizer o que fazer como fazer, eu fui sua vitima, agora eu sou o vilão da nossa história. Talvez eu tenha escolhido o lado errado de terminar minha vida, minha vida está tão curta, por um fio e eu estou tão louco sabendo que estou próximo do outro lado do véu. Enfim, baby, eu só lhe digo, tudo que quis ter nessa vida eu tive, apenas não tive você. Adeus baby.