quinta-feira, 10 de março de 2011

Children of a chaotic revolution


Eu faço parte de uma adolescência completamente louca, ignorada pela sociedade, somos adolescentes bastardos negando a sociedade.
Sou parte de revolucionários que não passaram dos trinta anos de vida, somos loucos revolucionando nossos dias, somos herdeiros do nada, surgimos do pó que um dia a sociedade pisou.
Quero viver cada dia, hora e minuto intensamente, para não olhar para trás e poder dizer que nunca me arrependi de nada que fiz, quero cometer burradas infantis, quero viver amores, quero sofrer decepções, quero chorar, sorrir e gritar de felicidade, mas acima de tudo, quero ser eu mesmo. Quero que sintam minha presença enquanto estou vivo e quero depois de morrer que todos sintam minha falta, que comentem sobre meus atos insanos ou hilários, mas que não chorem que nenhum lagrima escorra de rosto nenhum.
Desejo ser igual a um relâmpago, apenas passageiro, em um instante está ali, todos podemos ver, no outro sumiu e ninguém pode mais ver, porque não existe mais, morreu. Quando nascemos já estamos morrendo, alguns demoram mais e outros menos. Não quero ter filhos, mas talvez fosse um ótimo pai, não quero fazer as pessoas criarem grandes sentimentos por mim, porque em um tempo próximo não existirei, assim não quero que ninguém sofra por mim, pela minha ausência pela eternidade, porque como o relâmpago eu sou passageiro, a cada dia que passa o fim parece estar aqui, a cada dia que passa me sinto mais perto da presença da morte, do cavaleiro da morte.
Vou aceitar a morte, desde criança aceito a morte, já estive tão perto da morte que já até vi sua face, não ligo se ela vier agora ou depois de uns dias, estarei a esperando, mas quero rever todos meus amigos antes de partir, dar o ultimo adeus e desaparecer como o relâmpago desaparece.

Créditos: Daya Oliveira. <3 



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